sexta-feira, 28 de setembro de 2012

A dívida portuguesa é uma dívida odiosa!


Dívida Odiosa
A teoria da «dívida odiosa» consiste em, se um prestamista (por exemplo um banqueiro ou o próprio FMI) concede um empréstimo a um governo que é claramente cleptomaníaco, corrupto ou fornece informação não-fidedigna (nestas classificaçãoes estariam 90% das ditaduras, uma grande percentagem dos países em desenvolviemnto e até alguns governos da União Europeia), os governos seguintes não seriam obrigados a pagá-lo.
O certo é que a ideia não está assim tão isenta de lógica reenquadrar-se-ia no avanço global em matéria de direitos humanos.
Na Idade Média era possível enviar para a prisão uma criança cujos pais tivessem morrido e deixado dívidas pendentes. Estas medidas selvagens serviam para, de alguma forma, controlar o crédito em níveis razoáveis, uma vez que o castigo em caso de incumprimento era extremamente pesado.A contrapartida era de que a vida dos endividados fica virtualmente nas mãos dos usurários. Bom, nisto não avançámos realmente muito. Na realidade, as nações obtêm empréstimos de modo a que as crianças de uma geração acabam por herdar as dívidas dos seus antepassados sem que seja relevante que estas tenham sido contraídas por um megalómano irresponsável ou por um corrupto cujos descendentes jogam alegremente pólo na sua mansão num paraíso fiscal.  O conceito devidamente aplicado, seria um avanço sem precedentes em matéria de direitos humanos. Nenhum ditador voltaria a obter dinheiro para financiar guerras, repressão e genocídio, porque os banqueiros teriam muito presente o risco de que no futuro essa dívida fosse reconhecida como odiosa e um novo regime democrático pudesse não a pagar com todo o direito internacional do seu lado.

As fortunas dos três homens mais ricos de Portugal equivalem a 6380 milhões de euros, equivalentes a 3,6% do produto interno nacional, e aumentaram em 1,4 mil milhões em 2010, apesar da crise. Falamos de fortunas de dez algarismos, facto que dificulta muito a sua quantificação, porque a maioria dos portugueses tem um salário médio que oscila entre os mil euros e o salário mínimo (que ascende a 485 euros).
 Se à fortuna de António Amorim (o homem mais rico de Portugal, mas que foi acusado de falsificação de documentos, fraude e desvio de fundos, e a quem a União Europeia exigiu uma indemnização de 77 milhões de euros por uso fraudolento de fundos de formação profissional entre 1985 e 1988) somarmos as fortunas de Alexandre Soares dos Santos e Belmiro de Azevedo, globalmente valorizadas em 6 380 milhões de euros, podemos chegar à conclusão que a fortuna dos três multimilionários supera os rendimentos de 3 milhões de portugueses. As desigualdades sociais existentes num país cujas instituições foram assaltadas pelos grandes grupos eoonómicos. As más acções são exemplificadas através dos casos do BPN, BPP, BCP, nos processos «Furacão», «Portucale»,«Casino Lisboa», «Submarinos», «Edifícios dos CTT», «Face Oculta», entre muitos outros casos.

fonte: livro "A troika e os 40 ladrões" de Santiago Camacho

Se a dívida portuguesa se deve à corrupção é uma dívida odiosa: NÃO PAGAMOS!!!!!!

Ler no JN:  "dívida dos portugueses ao Estado não existe"

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